quinta-feira, 25 de setembro de 2008

A 7ª arte no Estaminé - Tropic Thunder

Inauguramos hoje um novo espaço aqui na espelunca. Tendo a vertente musical já vivido a sua estreia no post anterior, faz todo o sentido que a 7ª arte tenha também aqui um espacinho de destaque. Boa? Allright. Este espaço que se espera semanal ou quinzenal, dependendo das disponibilidades, visa dar visibilidade a filmes que consideremos muito bons, bons, maus, fraquinhos e muito maus. Todos portanto, desde que nos pareçam merecedores de figurar em tão ilustre blogue. Pelas piores ou melhores razões. Tudo com a boa disposição, estilo despretensioso e doses industriais de alucinogéneos que nos caracterizam.

De referir que, no final, classificaremos os filmes segundo uma classificação por nós criada. No final desta pequena reflexão terão então a classificação pormenorizadamente discriminada.
O filme escolhido para esta quinzena/semana, consoante a disponibilidade, é então:

tropic-thunder-poster

Ou como eu gosto de lhe chamar: o filme dos perdões. Tá tudo perdoado porra! É que, como muitos de vocês, eu também sentia que ir ao cinema ver um filme com Ben Stiller ou Tom Cruise, principalmente nestes últimos anos, era coisa que não ficava bem a ninguém. Perdia-se uma certa coolness...Oprah anybody? NOT ANY FUCKIN' MORE!

A sinopse resume-se numa mão cheia de palavras: três das maiores estrelas de Hollywood vão para a selva vietnamita, filmar aquele que se espera o maior filme de guerra de sempre e a salvação de (algumas) carreiras. Como é expectável tudo descarrila dos eixos. E o que se possa dizer a mais entra no território do Spoiler e portanto fica à porta deste texto. (a pequena porta imaginária que, de facto, tenho sempre que ter presente no meu perverso cérebro sempre que escrevo textos para que não me saia tudo o que me passa por lá. É um exercício bem complicado).

Este é daqueles filmes onde tudo parece ter sido feito com o coração, e com vontade de realmente produzir alguma coisa especial. O esforço, mas também o divertimento estão todos lá. E a locura que, previsivelmente, pensávamos fazer parte de todos os actores envolvidos, confirma-se de facto. Destaque para Robert Downey Jr. e, claro, Tom Cruise, nas duas composições mais inesperadas, bem sucedidas e ridículas (no bom sentido do termo) do filme. Curioso é ser precisamente a personagem de Ben Stiller, argumentista, realizador e produtor do filme, a menos brilhante. Reparem que não disse mais apagada, colocando-a também num patamar de brilhantismo, apenas inferior aos restantes.

Apesar da película perder algum do seu folgo lá mais para o meio, o início e o final facilmente nos fazem esquecer e perdoar esse abradamento do número de piadas realmente cómicas por minuto. No entanto desde já um aviso: ao contrário do que possa parecer perante a minha entusiasmada reacção este não é um filme para todos os gostos. Se toleram mal piadas relacionadas com flatulências, cabeças decepadas, e a tendência hollywoodesca para fazer filmes que retratem (mal) pessoas com atrasos mentais, se calhar é melhor pensarem duas vezes antes de entrar na sala.

Para todos os outros é a correr antes que esgote. E agora os perdões. Ben Stiller nunca protagonizou coisas como Night at the Museum ou Envy, pelo menos que eu me lembre, e Tom Cruise pode dar os saltos que entender, nos sofás que entender!

Por último, façam um favor a vocês mesmos e não percam os 10 minutos iniciais, provavelmente os mais hilariantes de todo o filme. Toca a chegar a horas.


Classificação: Capaz de levantar a pila a mortos!

Aqui fica a classificação utilizada neste e em futuros posts cinéfilos:

0 - Pior que cuspir na sopa e bater na avó

1 - Devolvam-me o meu dinheiro...

2 - Piquinho a azedo

3 - Nem bom, nem mau, antes pelo contrário

4 - Capaz de levantar a pila a mortos

5 - Orgásmico

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