sexta-feira, 17 de abril de 2009

*//%### wants to keep up with you on Twitter, come on mate!

Queria fazer aqui um apelo público. POR FAVOR, não me enviem para o mail mais requests para me registar no Twitter. “Presunçoso do car*lho”, pensam vocês. Também, um pouco, mas neste caso não é essa a razão. Provavelmente o Twitter até envia estes requests automaticamente (não faço puto de ideia), mas de certeza que, escondida no meio de muitas outras, há uma opção que evita o envio destas mensagens. Vão lá e clicam na caixinha. Não custa nada e evitam-me o trabalho de apagar dezenas destas porras por semana.

Agora porquê? Porque é que eu não me inscrevo no Twitter de uma vez, acabando assim com esta agonia? Porque é que me recuso a ir contra essa corrente, cada vez mais forte e implacável? Vejamos possíveis razões.

1) Desconhecimento do que consiste o serviço. Errado, com tantos emails e pessoas a falarem disto, já lá fui dar a minha espreitadela. Eu e mais uns milhões valentes. Portanto, esta não serve. Próxima.

2) És burro demais para funcionar com aquilo. Até podia ser, claro que sim, não ponho em causa o meu nível de burrice. Mas nunca tentei, nunca me registei, sei lá eu se sou. Premissa plausível portanto, mas não verificada. Próxima.

3) Gostas de ser do contra. Eu? Claro que não, eu quero é integrar-me, ter amigos, pessoas que gostem genuinamente de mim. Ou pelo menos alguém que se sentasse ao meu lado no autocarro, já era bom. Portanto, esta também não serve.

Porquê, então?

Simplesmente, porque não gosto do conceito. Hã, ca giro! Aposto que esta nunca lhes passou pela cabeça. Justificando, aquilo é, pura e simplesmente, uma devassa da vida privada de alguém. E quem não expuser a vidinha toda ali, desde mudar ou não todos os dias de roupa interior, até ao sítio onde costuma ir comprar fruta, não está a respeitar o espírito que presidiu à criação do agora famoso Twitter.

“Mas tu tens um blog, que é quase é mesma coisa!” Bom para já o blog não é meu, é partilhado com mais dois malfeitores que dividem a responsabilidade do que para aqui vai. Logo, se este blog representasse as nossas vidas, apenas 1/3 seria relativo à minha. Mas esse não é o argumento principal. O argumento principal é que, num blog, podemos escrever o que bem entendermos, no Twitter não. Ah pois é minha gente, não sabiam desta? Ora experimentem lá entrar no Twitter de alguém. O que é que aparece logo em cima, o que é? WHAT ARE YOU DOING? Não aparece WRITE WHATEVER YOU WANT, WE DON’T GIVE A F*CK ou GET A LIFE! ou, simplesmente nada, como num blog. Não, a pergunta é o que raios é que estás a fazer neste preciso momento, para o bem estar da humanidade, meu preguiçoso! O que, no meu caso, conduziria invariavelmente à reposta NADA DE QUE ME POSSA ORGULHAR A MIM OU AOS MEUS PAIS! Por isso, escolho não ter Twitter. Escolho, a palavra-chave aqui é escolho. Gosto muito da minha privacidadezinha e, além do mais, não considero que tenha uma vida suficientemente interessante para que alguém a queira seguir. Ter Twitter ia obrigar-me a mentir constantemente para parecer minimamente cool! E eu não quero uma vida recheada de mentiras. Por isso, acho que o Twitter devia ser reservado a pessoas com vidas verdadeiramente interessantes, tipo aquele inglês do Freeport, por exemplo. “Saí agora da Judicária”, “Acabo de receber uma ameaça de morte para mim, para a minha família e para três gerações passadas”, “Levantei o dinheiro todo das Offshores, vou viver para Djibouti”, “Ups…se calhar já falei de mais” e por aí fora. Agora os outros esqueçam lá isso. Tá bem? Pronto…

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