terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quero um cabelo como o teu!

Existem problemas e situações que me apoquentam o espírito. Sofro com dramas alheios. Tento colocar-me na pele de terceiros e entender as dores por que passam. Por exemplo, jogadores de futebol a actuar num país estrangeiro. Atentem por favor na quantidade de jogadores estrangeiros a actuar em Portugal que, durante toda a sua estadia por terras lusitanas, pura e simplesmente deixam de cortar o cabelo! E como, por norma, depois das férias que passam nos respectivos países de origem, todos aparecem com o cheuveux bem tosquiado e aparadinho. Querem exemplos? (múltiplos utilizadores de PC’s ligados à internet juntam a sua voz a um coro de negação.) Simon Vuckcevic, Pablo Aimar, David Luiz (eu sei é brasileiro. Mas, porventura, não domina o português ao ponto de pedir maior em cima e mais curto dos lados e atrás). Porquê? Porque deve ser complicado, quando não se domina a língua, acertar no pente que se deseja ou se a patilha deve ser normal ou em bico.

Este fenómeno torna-se tanto mais grave, porquanto vai contra a própria natureza do jogador de futebol como o conhecemos! Tirar a um futebolista a possibilidade de mudar de penteado semanalmente é como retirar as mortes a Dexter, as mamas à Cicciolina ou o gel a Pedro Santana Lopes. Torna o mundo num lugar muito mais cinzento…

E, tremam de medo meus grandes trauliteiros, este fenómeno tende a alastrar aos próprios jogadores e técnicos de nacionalidade portuguesa! Tomemos dois exemplos emprestados: Fábio Coentrão e Jorge Jesus. Técnico e jogador do S.L.B.

jorgejesus10 

Portanto, eles dirigem-se ao coiffure, boas tardes, era para cortar o cabelo, sim senhora Mister Jesus ou Sr. Com Nome de Erva Aromática, esperem só um bocadinho. Sentam-se na cadeira… E chega então o funesto momento em que eu ainda estou para perceber como é que eles se desenrascam! Surge a pergunta da praxe: “Então, como é que vai ser?” Expliquem-me, se souberem, de que forma Jorge Jesus e Fábio Coentrão conseguem expressar apenas com palavras, e eventualmente gestos, a confusão mental que ganhou vida na forma de um penteado?!?! Como é que alguém pede “aquilo” que eles têm na cabeça?! E como é que alguém aceita compactuar com esta demência e dar vida, ser o pai, “daquilo”?!

A imaginação da gente do futebol é cada vez mais desafiadora para os Coiffures deste país, e nos próximos tempos muitos poderão mesmo cair para a categoria mais baixa da profissão: A barbearia. Mas, como sempre em tempos competitivos, quem tem unhas que toque guitarra, Dalis das Mises e do Brushing!

P.S. Sejam homenzinhos e tragam mazé de volta a gamba!

18611

1 comentário:

Unknown disse...

Para ti deixo dois comentários:

1 - O teu cabelo já esteve muito parecido, senão igual, ao do Coentrão.

2 - Quanto à gamba, quando tiveres barba e não apenas meia dúzia de pelos no buço perceberás o ridículo que é a gamba.