segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Os Ciganos e o modelo negocial do futuro

Após uma pausa bastante prolongada resolvi dar “voz” a uma dúvida que me surgiu há uns tempos.
Ora bem, estava eu em mais um passeio cultural à Zara quando reparei na quantidade de ciganos às compras e dei por mim a pensar: “Mas que raio fazem eles aqui?”. Neste momento alguns de vós estarão a pensar (os que pensam) algo do género: “Tu tens o coiso muita grande e tal... e és um bocado racista!”. A primeira parte da frase é o normal e já estou habituado que pensem isso, no entanto, só posso provar quando o vosso monitor for daqueles televisores Full HD com pardais ao ninho, porque sem isso ficam sem poder apreciar todo o seu esplendor, tamanho e tudo o que estiverem a imaginar mas ainda melhor. Quanto à segunda parte deixem-me que vos diga que é, claramente, mentira e passo a explicar porquê: como é sabido os ciganos são especialistas em alta-costura; têm os melhores estilistas e alfaiates a trabalhar para eles e só usam tecido de primeira categoria. Para além disto, desenvolveram ainda um apurado sentido comercial que ganha corpo nas chamadas “feiras” e que dá toda uma nova dinâmica às vendas.

É, então, por tudo isto que questiono qual a necessidade dos ciganos irem à Zara, Bershka e afins. Bem sei que nos tempos que correm as ditas lojas tentam copiar o modelo negocial dos ciganos, mas ainda assim…





Bom, e com mais um post que por certo vos dará que pensar nos próximos 2 ou 3 segundos e a certeza que continuarei a preferir o genuíno à cópia, me despeço com aquela amizade e ternura habitual.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Big Train

Vi isto no último 5 para a meia-noite, programa da 2, e, pessoalmente, pareceu-me bastante mítico.

 

Após aturada pesquisa vim a saber que o sketch em questão faz parte da série Big Train, cujas temporadas foram exibidas em 1998 e 2002 pela BBC, e que conta com o agora famoso actor Simon Pegg. Há uma série de sketchs avulso espalhados pelo youtube, que aconselho vivamente. Sigam o meu conselho, e vão ver que são mais felizes. Até uma próxima.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

In an ordinary afternoon…

Ontem vivi um daqueles momentos de rara beleza, em que a vida nos surpreende de forma totalmente inesperada e oportuna. Em que os nossos olhos se esbugalham, num misto de surpresa, excitação e incredulidade, e em que o coração bate tão rápido que, por um momento, pensamos que vamos desta para melhor. Mas logo recuperamos, e o medo dá lugar ao êxtase.

Ela estava ali, muito parada, na companhia de várias amigas, refrescando-se como podiam deste calor infernal que estacionou na Caparica. E era linda, Meu Deus como era linda! A encarnação perfeita de como sempre a imaginei! Vê-la era um prazer que nunca pensei poder encontrar, muito menos naquele lugar. Mas tocar-lhe? Seria possível? Era de facto! E assim que o fiz soube imediatamente que nunca mais a iria deixar. Para sempre na sua companhia.

Se assim pensava, melhor o fiz. Tive de trazê-la comigo, para casa, onde repousa agora no meu quarto, enquanto escrevo estas palavras. Demoro mais do que o habitual a escolhê-las e encadeá-las, porque não raras vezes os meus olhos perdem-se nela e a concentração deixo que se escoe, conscientemente, por ser criminoso não lhe dedicar toda a minha atenção.

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Isso mesmo. Ontem encontrei uma garrafa de cerveja Duff, a mesma que durante anos a fio vi o meu herói consumir vezes e vezes sem conta. Perguntava-me se era naquele néctar que estaria o segredo para tamanha grandeza de carácter e, como acontece com os nossos ídolos, também eu queria ser como ele e provar o líquido que tanto prazer parecia proporcionar. Ontem, estive o mais próximo possível de saber o que é beber uma cerveja no Moe’s, numa amena cavaqueira com Homer, Barney, Carl Carlson e Lenny Leonard. E soube bem para caralho!!! À tua Homer!

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Como vender um Inimigo

A propósito da estreia nas salas portuguesas de Public Enemies, mais recente filme de Michael Mann, torna-se interessante verificar as diferenças na forma como o filme foi “vendido” na Europa e nos Estados Unidos, e o que essas diferenças dizem acerca dos públicos europeu e norte-americano. Aqui ficam o trailer norte-americano, primeiro, e depois o trailer internacional. (Leia-se direccionado ao mercado europeu, de onde provém uma fatia de lucros tão grande ou, em alguns casos, superior aos lucros norte-americanos.)

 

Interpretações pode haver muitas e, mesmo correndo o risco de estar a ser chato para xuxu, vou aqui deixar a minha.

O que fica do trailer norte-americano é um filme carregado de testosterona, sequências de roubo vertiginosas e preciosas one-liners. Por outro lado, o trailer internacional opta por realçar uma forte componente experimental, que tem sido habitual nos últimos filmes de Michael Mann, e apresenta, sobretudo, diálogos e relações entre personagens. Não deixa de ser caricata esta visão norte-americana de que tudo o que é europeu vê filmes franceses e está muito preocupado com a componente autoral do cinema.

Para terminar dizer só que, talvez por ter nascido em Portugal, prefiro claramente o trailer internacional, mesmo que Portugal se qualifique à rasquinha como Europa. Enfim, cabeças do marketing norte-americano, para que saibam estão a fazer um bom trabalho. Estou, claramente, dentro da média.

Se alguma coisa do que acabei de escrever tiver feito algum tipo de sentido para vocês encantado! Se não, por favor esqueçam este pedaço de prosa e continuem a vir aqui ao estaminé, até porque existem mais dois malfeitores que, disse-me um PIDE, escrevem coisas muito supimpas! Até lá…

P.S. O filme, para minha grande desilusão, é cocó. Mas isso fica para outras núpcias…

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quero um cabelo como o teu!

Existem problemas e situações que me apoquentam o espírito. Sofro com dramas alheios. Tento colocar-me na pele de terceiros e entender as dores por que passam. Por exemplo, jogadores de futebol a actuar num país estrangeiro. Atentem por favor na quantidade de jogadores estrangeiros a actuar em Portugal que, durante toda a sua estadia por terras lusitanas, pura e simplesmente deixam de cortar o cabelo! E como, por norma, depois das férias que passam nos respectivos países de origem, todos aparecem com o cheuveux bem tosquiado e aparadinho. Querem exemplos? (múltiplos utilizadores de PC’s ligados à internet juntam a sua voz a um coro de negação.) Simon Vuckcevic, Pablo Aimar, David Luiz (eu sei é brasileiro. Mas, porventura, não domina o português ao ponto de pedir maior em cima e mais curto dos lados e atrás). Porquê? Porque deve ser complicado, quando não se domina a língua, acertar no pente que se deseja ou se a patilha deve ser normal ou em bico.

Este fenómeno torna-se tanto mais grave, porquanto vai contra a própria natureza do jogador de futebol como o conhecemos! Tirar a um futebolista a possibilidade de mudar de penteado semanalmente é como retirar as mortes a Dexter, as mamas à Cicciolina ou o gel a Pedro Santana Lopes. Torna o mundo num lugar muito mais cinzento…

E, tremam de medo meus grandes trauliteiros, este fenómeno tende a alastrar aos próprios jogadores e técnicos de nacionalidade portuguesa! Tomemos dois exemplos emprestados: Fábio Coentrão e Jorge Jesus. Técnico e jogador do S.L.B.

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Portanto, eles dirigem-se ao coiffure, boas tardes, era para cortar o cabelo, sim senhora Mister Jesus ou Sr. Com Nome de Erva Aromática, esperem só um bocadinho. Sentam-se na cadeira… E chega então o funesto momento em que eu ainda estou para perceber como é que eles se desenrascam! Surge a pergunta da praxe: “Então, como é que vai ser?” Expliquem-me, se souberem, de que forma Jorge Jesus e Fábio Coentrão conseguem expressar apenas com palavras, e eventualmente gestos, a confusão mental que ganhou vida na forma de um penteado?!?! Como é que alguém pede “aquilo” que eles têm na cabeça?! E como é que alguém aceita compactuar com esta demência e dar vida, ser o pai, “daquilo”?!

A imaginação da gente do futebol é cada vez mais desafiadora para os Coiffures deste país, e nos próximos tempos muitos poderão mesmo cair para a categoria mais baixa da profissão: A barbearia. Mas, como sempre em tempos competitivos, quem tem unhas que toque guitarra, Dalis das Mises e do Brushing!

P.S. Sejam homenzinhos e tragam mazé de volta a gamba!

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