segunda-feira, 30 de março de 2009

Chappellada

Epá, ca porcaria! Se calhar está na altura de passar um paninho no ecrã… mas já lá vamos.

Andava aqui a recordar coisas que já não via há uma série de tempo, quando tropecei em alguns sketches do grande Chappelle’s Show. Agora que o Dave parece ter o cérebro feito em papa, e não faz tenções de voltar à TV tão cedo, talvez valha a pena recordar.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Despachem-se lá faz favor…

Olá, bons amigos! Estava aqui a reparar, bem bonito o layout do nosso blogue não é? Assim com bolinhas de diferentes cores, sendo três delas, as do topo, mais salientes. Numa clara analogia aos membros do blogue, que também são três. Embora com graus de beleza física e corporal bastante distintos. Eu assumo-me como, claramente, o mais jeitoso.

Depois desta introdução vamos então ao que interessa, ou seja, quase nada. Vamos falar da recente polémica relacionada com a substituição do Provedor de Justiça, o Dr. Henrique Alberto Freitas do Nascimento Rodrigues. A situação resume-se em poucas linhas. O mandato do Dr. Henrique Rodrigues terminou em Julho de 2008. Obviamente que o Sr. quer organizar a sua vidinha e esperava por esta altura já ter alguém a substitui-lo. No entanto, os dois partidos com mais representatividade na Assembleia da República ainda não chegaram a consenso quanto a um novo nome, sendo que o último a ser rejeitado foi o de um dos “pais” da Constituição Portuguesa, o Dr. Jorge Miranda (o desgraçado do homem vai ter que andar o resto da vida a levar com este epíteto, que ainda por cima não é grande coisa. Gostavam de ser conhecidos como os pais de alguém que correu tão mal?!?!) A solução não se afigura fácil. Mas vamos por partes.

Primeiro: Eu, como muitos de vocês, antes de toda esta polémica não sabia para que servia, nem tampouco que existia semelhante posição. Mas afinal que raios faz um Provedor da Justiça? Fui investigar. Porque nós aqui no Botox gostamos de educar. Aqui vai.

“O Provedor de Justiça é, na essência, um elo de ligação entre os cidadãos e o Poder. Não tem poderes de decisão - por isso, não manda, não impõe, não constrange os poderes públicos. Mas, sugere, convence pela força da razão, persuade pela boa fundamentação das posições assumidas em defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos. Por isso, o seu dever é estar, sempre e esforçadamente, ao lado daqueles cujas queixas e reclamações são suportadas pelo Direito ou estribadas pela Justiça.”

Nada manda, nada impõe, nada constrange. Mas sugere. Hum…Não me parece que este cargo seja grande coisa. Eu respeito alguém que manda, que administra, que diz é assim porque eu quero. Alguém que sugere não me merece grande respeito. Alguém que sugere ou não tem a certeza do que está a dizer ou dá demasiado valor à opinião dos outros, o que o torna claramente numa pessoa carente. Um rabicholas, portanto.

Segundo: Se nunca demos pela existência dele será que precisamos assim tanto de outro?

Provavelmente. Por duas ordens de razão. A primeira é porque faz sempre falta, a qualquer sociedade, alguém que se auto-intitula Ombudsman! E o que é um Ombudsman? “A palavra Ombudsman, que é sinónimo de procurador, provedor, mandatário, representante, delegado, deriva de um termo usado pelas tribos medievais germânicas para designarem um grupo de pessoas cuja função era a de recolher multas das famílias de réus arrependidos e distribuir o dinheiro obtido pelas famílias das respectivas vítimas.” Se eles não se importam, a mim também não me faz confusão. Segunda, porque com as taxas de desemprego que se verificam neste momento, acabar com mais postos de trabalho não me parece nada bem. ( A propósito disto, ouvi hoje no jornal da hora de almoço que existe também o Provedor do Desempregado. Acho importante criar mais Provedores, como o Provedor da Couve Lombarda, o Provedor da Validade dos Iogurtes, o Provedor dos Bikinis em Baleias, entre outros. )

Perante isto gostaria de lançar aqui um pensamento. A conclusão a que cheguei foi a de que o cargo de Provedor da Justiça é mais ou menos a mesma coisa que um rolo de papel higiénico. O lugar dele existe, é logo ali ao lado da sanita por cima do piaçaba, e nunca ninguém lhe dá o devido valor até que, um dia, ele falha. E aí, ficas com o cagalhão pendurado. O que constitui uma chatice do caraças. A verdade é que, até hoje, ninguém tinha dado por conta do Sr. Provedor. Foi preciso ele ameaçar que se ia embora e que o lugar ficava vazio, para se perceber que era preciso pôr lá outra pessoa. Será que isto diz alguma coisa de bom acerca da importância do mesmo? Provavelmente não. Mas a moral desta história é outra. É a que aconselha todos a guardarem o papel higiénico num móvel que fique à distância de um braço, na posição sentado na pia. Porque ele pode vir-te a falhar. E ninguém quer ter de andar a procura de um, com os resquícios da actividade pendurados. É que assim das duas uma: Ou nos sujeitamos à boa vontade de terceiros, ou qualquer coisa serve.

terça-feira, 24 de março de 2009

Evacuação Mental

Nos últimos tempos, a publicidade em Portugal tem estado em ponto rebuçado. Sem ideias mirabolantes, parece que os publicitários procuram cada vez mais a parvoíce para tornar os anúncios inesquecíveis. Desde os anúncios de detergentes para a roupa, ao Whiskas Saquestas, as "amigas" do BES poupança, ao Cristiano Ronaldo a fazer de génio, a MultiOpticas com o Eusébio a sugerir um desconto igual a idade (realmente quando ele abre a boca temos de lhe conceder o respectivo desconto), até ao admirável Imodium Rapid. Quem não se lembra da publicidade ao Imodium Rapid? Um cavalheiro chega ao teatro, quando subitamente é assolado por uma inoportuna diarreia. Depois em voz-off aparece esta mítica frase: A diarreia aparece sempre nas más alturas. Surge-me de imediato uma questão: Quais serão as boas alturas para que a diarreia apareça? Depois do pequeno-almoço, antes de deitar... não sei. Mas o anuncio ao Imodium Rapid tinha outra particularidade desagradável, fazia sempre o favor de aparecer a hora de almoço quando eu estava alegremente a comer a sopinha.

Felizmente que internacionalmente se trabalha como deve de ser e por isso vão surgindo, de quando em vez, umas pérolas como este fabuloso anuncio do Smart Fortwo:

É o carro ideal para gangsters, ditadores africanos e árbitros de futebol.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O meu ideal de vida II

Pois é… cá estamos!

Há uns tempos disse que o meu sonho era ser como a tia Maya. Hoje, deixei de não querer fazer nada e passou a apetecer-me fazer tudo.

Quero correr sempre que nem um doido, saltar de arranha-céus e não morrer, dar murros e pontapés, levar uns bicos e uns sopapos e continuar feliz da vida. Quero escolher o carro que quiser e saber fazer ligação directa, partir uns vidros com as mãos, só por desporto, e não me cortar. Quero ter sempre bateria no telemóvel, mesmo depois de fazer 10050 chamadas. Quero falar com o Presidente da República ou o Primeiro-Ministro, só porque sim. Quero nunca ter fome, nunca mijar ou cagar. Quero nunca ir preso, faça o que fizer, mate quem matar. E, se não for pedir muito, quero trabalhar uma só vez por ano.

Com base nestas premissas, pensei, pensei… e cheguei a uma conclusão: quero ser o Jack Bauer!

Honoris Causa

Quando ouvi dizer que José Mário dos Santos Mourinho Félix iria ser agraciado com o título honoris causa pela Faculdade de Motricidade Humana, confesso que fiquei algo surpreso. No entanto, depois de ouvir algumas das suas palavras, proferidas, hoje, durante a "cerimónia", fiquei rendido.

Para perceberem o que falo, passo a citar, honrado (afinal não é todo os dias que se "imita" o Special One), algumas das suas sábias palavras:

"Fiquei surpreendido porque não estava à espera."


De facto, não está ao alcance de qualquer simples mortal tão profundo pensamento.

Para ti, Zé, obrigado e um grande bem haja!

domingo, 15 de março de 2009

Classificados Botox Social

Para todos vocês, pessoas muito abastadas que têm por hábito ler este fantástico blogue, fica aqui a chamada de atenção para uma oportunidade de negócio que, pessoalmente, considero absolutamente extraordinária. Juro que ainda tentei escrever alguma coisa com valor cómico sobre este assunto, mas todas as minhas tentativas mirravam exponencialmente quando comparadas com o texto original da notícia. Assim sendo, deixei-me de merdas e decidi postar o link.  

http://clix.expresso.pt/vendese_ilha_com_vista_para_o_barreiro=f502167

quinta-feira, 12 de março de 2009

Obama is the f*ckin’ antichrist!!! Oh wait…

Que existe gente muito esquisita todos nós já sabíamos. Se assim não fosse você, por exemplo, não estaria a perder o seu precioso tempo neste blogue e ninguém gostaria de olhar para o Goucha logo pela manhã. A verdade é que aqui está você e o fluorescente ex-cozinheiro permanece no horário matinal da TV desde o tempo em que os cocos caiam das macieiras.

Mas se mesmo assim você tinha algum tipo de esperança na sanidade mental deste mundo, desengane-se. Senão atentemos nas provas fornecidas pelo programa de John Stewart, The Daily Show!

 
 
“ Like a bicycle. You roll on both ends. Of the sexual spectrum.”
 
Muito bom não é? Difícil um programa subir mais no espectro da espetacularidade cómica depois disto. Difícil, mas não impossível para o Daily Show de John Stewart! Senão vejam quem foi o convidado que apareceu logo de seguida.
 

Não vejo como será possível fazer uma emissão melhor que esta. John Stewart, depois disto o melhor mesmo é arrumares as botinhas!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sexo dos Transeuntes

Boas tardes, dias ou noites, conforme a zona do globo onde nos estejam a ler neste momento. Hoje quero partilhar convosco uma constatação horrenda, que teve o desprazer de me ocorrer numa recente viagem de automóvel. Desde já alerto para o facto de não ter a certeza se este fenómeno se estende a outras zonas do país, ou se está circunscrito à área onde resido, a solarenga Charneca da Caparica.

Por entre várias características que a tornam única, algumas delas já descritas neste blogue, a solarenga (cá está mais uma característica que deriva da adjectivação) Charneca da Caparica possui, no entanto, uma que, presumo, seja única. Nesta espectacular terra, não se consegue distinguir o sexo das pessoas, até estas estarem perigosamente perto de nós. Explicações pode haver, e de certeza há, várias mas eu só consegui pensar numa, porque sou preguiçoso: a existência de uma feira semanal, no terreno contíguo ao Mercado Municipal. Acontece que, aqui, toda a gente veste os mesmos fatos de treino Adibas, os mesmos casacos com forro felpudo e padrão de xadrez, e os mesmos chapéus de plástico. Todos estes itens à venda por um extraordinário preço na feira semanal da Charneca da Caparica. Feira esta, para os interessados, que ocorre Sábado e Domingo, da parte da manhã. Um concelho: se tiverem mesmo que vir escolham o Domingo. Isto porque Sábado, devido à concorrência feroz da feira de Corroios e outras, a presença de feirantes e respectiva oferta de bric-a-brac e pronto a vestir, não é tão forte. Domingo ficam melhor servidos.

Ora, esta impossibilidade de reconhecer o sexo dos transeuntes cria várias dificuldades. A primeira, e mais evidente, é a dificuldade em identificar possíveis parceiros sexuais. Isto claro, partindo do princípio que alguém quereria ter relações sexuais com alguém que desfilasse uma indumentária semelhante àquela descrita em cima. A segunda, e visto todas estas roupas serem bastante estranhas, é nunca sabermos se estamos perante apenas mais uma pessoa com fraca carteira e gosto em moda, ou alguém que transporta no bolso uma afiada ponta e mola, pronta a tirar-nos um rim cá para fora.
A terceira, e não menos importante, é não sabermos qual o sexo da pessoa que acabámos de atropelar, quando passamos de carro por cima de alguém numa passadeira. Se estão chocados, fiquem sabendo que na Charneca isto acontece amiúde. E se estão atentos a este post, também já perceberam que foi durante a ocorrência de um destes últimos casos que tive esta epifania. Mas descansem. Aqui, de onde vos falo, ninguém dá muita importância a isso.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Watchmen

Ora cá estamos nós para falar de:

poster_watchmen-final

Uma ressalva prévia: nenhum dos proprietários deste blogue possui um nível de geekness elevado. O mais cromo sou eu, e portanto coube-me a mim escrever esta bela crítica. Quer isto dizer que, à entrada para a sessão a que agradavelmente assistimos em conjunto, nenhum de nós tinha lido a graphic novel na qual o filme é baseado. Uns com expectativas mais elevadas, outros menos, mas todos partilhando um santa e descansada ignorância. A crítica que apresentamos é então direccionada, única e exclusivamente, ao filme. A graphic novel (nome pomposo, mas que no fundo quer dizer banda-desenhada) terá com certeza os seus méritos, que serão muitos (não por acaso, a revista TIME nomeou-a um dos 100 romances do séc.XX), mas como filme a coisa não funciona, não cola.

Depois de um inferno de décadas, onde o filme ia não ia, com vários realizadores ligados ao projecto (entre os quais Paul Greengrass e Terry Gilliam, antigo Monthy Python), e várias vozes a darem a obra como “infilmável”, a produção lá arrancou sob a direcção de Zack Snyder.

Ora Zack Snyder e o seu filme mais conhecido, 300, têm uma grande legião de fãs mas, pessoalmente, sempre me escapou a razão do seu sucesso. Visualmente os filmes são deslumbrantes, mas narrativamente, tanto 300 como Watchmen, parecem desconexos e sem grande drive. O homem tem dedo para fazer cada plano parecer muito cool, mas escapa-lhe a big picture. Como espectador, nunca senti que estivesse a assistir a uma história bem contada, nem sequer muito perceptível ou, e isto é mais grave, interessante. Todos os fãs conhecedores da história poderão apreciar ver finalmente as suas queridas personagens no ecrã, mas para todos os outros o que fica é uma sensação de estranheza, como se para tirarmos todo o partido do filme tivéssemos que ter lido o manual (BD) antes. E, sinceramente, um filme deve funcionar por si só.

Para quem nunca viu o filme, nem leu a obra, este começa com o assassinato de Comedian. É este acontecimento que vai despoletar a acção, na forma da investigação de Rorscharch, personagem que nos introduz a uma realidade alternativa, recheada de super heróis e onde o terror da Guerra Fria continua bem presente. A partir daqui ficamos a saber a história de todos, numa espiral de flash-backs que não contribui em nada para a fluidez do filme e que acaba por tornar as 2h40m! de duração bem cansativas. Pelo meio, de forma a evitar um adormecimento colectivo, vão sendo introduzidas cenas de uma violência brutal, ou então de sexo. São as duas opções disponíveis.

Como pontos positivos temos a componente visual do filme, algumas interpretações (duas para ser mais concreto), a de Jackie Earle Haley como Rorscharch e de Jeffrey Dean Morgan, como Comedian e Malin Akerman. Não a actriz Malin Akerman, mas a gaja boa Malin Akerman. Muito parecida por acaso com uma apresentadora/modelo da nossa praça. Ora digam lá:

 malin-akerman coelho 457

Não são como duas gotas de água?! E, já agora, Helena Coelho quase que aposto um pêlo que tenho encravado no sovaco, não faria pior figura que Akerman. (Mítica cena, onde um gajo azul todo nú revela um segredo chocante a Akerman. É um clínico de representação!) De referir ainda que Helena Coelho teve um filho com o antigo jogador do Benfica e do FC Porto, Marco Ferreira.

marco_ferreira

E ainda dizem que o mundo não caminha para o fim…

Finalmente, e como homenagem ao falecido Comedian, a piada maior talvez seja o facto do filme ser fraquinho, mas até ter bons momentos perdidos no meio de uma grande salganhada. Tanto assim é que, a mim, deu-me para ir ler a BD. E mesmo não sendo apreciador do veículo, rais parta se não é mil vezes superior ao filme. Mais que não seja por isso, pode ser que tenha valido a pena a película ter visto a luz do dia. Por outras razões, porventura tinha sido melhor deixar a BD sossegada entre os 100 romances do séc.XX. Porque o filme esse, de certeza, não vai figurar entre os 100 melhores do séc.XX e também não vai figurar entre os melhores do séc. XXI

Classificação: Piquinho a azedo

0 - Pior que cuspir na sopa e bater na avó

1 - Devolvam-me o meu dinheiro...

2 - Piquinho a azedo

3 - Nem bom, nem mau, antes pelo contrário

4 - Capaz de levantar a pila a mortos

5 - Orgásmico

quinta-feira, 5 de março de 2009

Public Enemies

Oh yeah baby! Se existe um filme que neste ano de 2009 me deixa com água na boca, é sem dúvida o novo do realizador Michael Mann, Public Enemies. A expectativa é enorme por toda a conjuntura em que este filme assenta:

Uma temática aliciante (confere) - A história deste filme é uma adaptação do livro "Public Enemies: America's Greatest Crime Wave and the Birth of the FBI, 1933-34", de Brian Burrough, sobre o período imediatamente posterior à quebra da Bolsa de Nova York em 1929. É portanto um filme sobre uma onda de crimes nos Estado Unidos durante durante a Grande Depressão, onde a insatisfação popular que recaía sobre o sistema bancário fazia dos criminosos lendas, tudo acontecimentos reais. É portanto um filme de gangsters á moda antiga!

Um exímio cineasta (confere) - Michael Mann tem uma cartilha de filmes de grande qualidade, como o "Informador", "Miami Vice" e sobretudo um dos meus preferidos "Heat - Cidade Sob Pressão" (Public Enemies poderá ter algumas semelhanças com este ultimo) , portanto nada tem a provar. Mas é sobretudo um especialista em filmes de acção, facto imprescindível para esta película.

Um casting perfeito (confere) - É sem duvida uma escolha de actores portentosa. O grande Ás de copas é desde logo Johnny Depp como John Dillinger, que juntamente com os seus compinchas Baby Face Nelson e Pretty Boy Floyd, assaltava bancos por toda a América e tinha como imagem de marca a extrema rapidez com que o fazia. Não havia outro actor mais ajustado. Depois do lado do "Bem" ou do FBI, temos Christian Bale como Melvin Purvis que irá conduzir uma intensa caça ao homem. Parece que deixou de parte a "fucking distracting" voz que fazia no Batman. Para finalizar, a oscarizada Marion Cotillard como Billie Frechette, a namorada de John Dillinger. A bela actriz francesa parece não ter qualquer tipo de problema em fazer um filme americano... podia sempre carregar nos rr, mas parece que não.

Resumindo, tudo se conjuga para um grande acontecimento cinematográfico. Espero que o estilo não se sobreponha á narrativa, no fundo espero que nenhuma das expectativas criadas saia gorada. Let's look at the trailer:

JD - "I hit any bank I want, anytime. They got to be at every bank, all the time." - Mítico

Estreia dia 1 de Julho

domingo, 1 de março de 2009

Óscares

Apesar do título, este post não é para falar dos óscares. Peço desde já desculpa a quem veio enganado mas a palavra Óscar costuma resultar nas pesquisas do google!

A verdade é que este post promete revolucionar a maneira como se fazem tops. Toda a gente pensa num top 3, 5, 10... mas quem se vai lembrar de um top 6? É isso mesmo, já há alguns meses resolvemos fazer o top 6 dos melhores filmes que estrearam em 2008, em Portugal, e como somos um país sempre na vanguarda das estreias mundiais, infelizmente, houve alguns bons filmes que não puderam ser seleccionados. Durante este mês e tal reflectimos muito sobre a escolha dos filmes... foi difícil... e em pouco menos de 10 minutos conseguimos mandar 6 bitaites.

A ideia foi cada um fazer o seu top e no final apresentarmos um top conjunto. Para a compilação deste, atribuímos à primeira escolha 6 pontos, à segunda 5 e por aí fora. No final somámos e, para espanto de alguns, atribuímos o primeiro lugar ao que teve mais pontos, o segundo lugar ao que teve o segundo melhor somatório e assim sucessivamente. Uma inovação, portanto.
Aqui ficam, então, as nossas escolhas:


Tiago

1. There Will Be Blood - A ganância de um homem leva-o a encetar uma sinistra e impiedosa jornada para conquistar o poder no mundo petróleo. O seu drama individual vai cruzar-se com a epopeia colectiva, onde vai perverter todos os pilares da sociedade: a família, a religião, a politica e a economia. Um filme sobre o poder construtivo e destrutivo da competição e da ambição. Daniel Day-Lewis consegue provavelmente a melhor interpretação do século XXI com Daniel Plainview. Um esplendoroso filme de Paul Thomas Anderson em todos os aspectos, uma obra-prima.
2. Tropa de Elite – Nas mais de 700 favelas do Rio de Janeiro dominadas por traficantes armados até aos dentes e por Polícias corruptos, apenas o BOPE (Tropa de Elite da Polícia Militar) consegue fazer frente a uma criminalidade incontrolável. Um filme sobre uma cidade, onde um estado impotente se demite das suas responsabilidades e permite uma guerra urbana, sem esperança, sem fé. Um assombroso filme de José Padilha com Wagner Moura em grande destaque.
3. In Bruges – Por todas as razões e mais algumas apresentadas aqui
4. No Country For Old Man – Este é um dos melhores filmes dos manos Coen, o que parecendo que não já quer dizer muita coisa. No Country For Old Man conta a história de um crime perfeito que acaba por correr horrivelmente mal. Tem mistério e tensão em doses industriais e ainda uma óptima fotografia com belas paisagens desérticas. Para além disso os actores são excelentes, sobretudo Javier Bardem com o seu cabelo a “Beatles”.
5. Wall-E – No Futuro, quando a Terra está transformada numa lixeira e todos os humanos se refugiam no espaço, a única forma de vida presente para além de uma barata é um robot de nome Wall-E, que passa os dias a compactar cubos de lixo. Esta é a premissa inicial, á qual se irá juntar EVE, uma sofisticada robot vinda do céu. Assim se dá inicio ao mais belo romance criado pelos senhores da Pixar, quase sem diálogos e onde Wall-E consegue transmitir na perfeição as suas emoções através da sua linguagem corporal, quase um Chaplin metálico.
6. Gomorra - Em Nápoles a guerra fervilha nas ruas porque uma organização, a Gomorra corrompeu todos os níveis da sociedade. Ninguém está a salvo, ninguém é poupado e todos desde o mais jovem dos rapazes até ao mais velho dos homens tudo controla e nada respeita. Sem o glamour dos filmes americanos sobre a Máfia como Godfather ou Goodfellas, Gomorra é um retrato cru e brutal sobre a Máfia napolitano.


Paulo

1. The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford - Desengane-se quem pense neste filme como um western carregado de testosterona, tiroteios e cavalgadas. Calmo, contemplativo e muito bem filmado, "O Assassinato de Jesse James pelo Cobarde Robert Ford" é antes um exercício profundo sobre a solidão, violência e o alheamento provocado por uma vida à margem da lei e da humanidade. Com excelentes interpretações de todo o elenco, onde se destaca Casey Affleck, é provavelmente o filme mais "bonito" de se olhar, com a natureza como cenário principal. E a sequência do assalto, Meu Deus, a sequência do assalto...
2. There Will Be Blood - Complexo, desgastante, cansativo até, mas altamente recompensador, "Haverá Sangue" marca um regresso aos grandes épicos Hollywoodescos (este sim épico na verdadeira ascensão da palavra), e a continuação do trabalho de um dos mais interessantes realizadores norte-americanos da actualidade, Paul Thomas Anderson.
3. No Country For Old Man - Os irmãos Coen de volta ao território que conhecem melhor: o do thriller violento e recheado de humor negro. Um dos melhores vilões de sempre, uma história simples mas impactante e uma realização sem medo de tomar o seu tempo, fizeram deste filme o vencedor do Óscar para melhor de 2008, naquele que foi o ano dos irmãos Coen, coroado com outro grande filme "Destruir Depois de Ler".
4. Persepolis - Para quem acha que os filmes de animação não podem ser sérios, profundos e adultos. Retrato biográfico sobre o crescimento no Irão nos finais de anos 70, princípios dos anos 80, em pleno período revolucionário, este filme ajuda a compreender um pouco da história deste país do Médio Oriente, e as repercussões que desta época ficaram para o mundo actual.
5. Gomorra - Para desfazer alguns mitos (muitos criados por filmes) de como se organiza e funciona a máfia, e criar alguns novos. Filmado num registo que oscila entre a ficção e o documentário, Gomorra é um filme choque, que exemplifica como ninguém a vertente de intervenção social que a arte também pode e deve ter.
6. In the Valley of Elah - Uma excelente interpretação de Tommy Lee Jones, naquele que, pessoalmente, considero o melhor filme sobre a Guerra do Iraque. Para se perceber como esta guerra e a vivência dos soldados nada tem a ver com guerras anteriores e, ainda, alguns dos efeitos que esta poderá ter nas gerações que lá se encontraram.


Hugo

O bom de ser eu a fazer o post é que escuso de escrever a breve descrição dos filmes, visto que o duo de cima o fez brilhantemente.

1. There Will Be Blood
2. No Country for Old Men
3. In Bruges
4. Gomorra
5. Juno - Um filme independente e extremamente bem feito. Uma ideia original de base dramática mas cujo resultado consegue ser uma comédia bem acima da média. De destacar ainda a interpretação de Ellen Page (no papel principal).
6. Wall-E


Top conjunto

1. There Will Be Blood (17 pontos)
2. No Country For Old Man (12 pontos)
3. In Bruges (8 pontos)
4. Gomorra & The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford (6 pontos)
5. Tropa de Elite (5 pontos)
6. Wall-E & Persepolis (3 pontos)