sexta-feira, 31 de outubro de 2008

In Bruges


Antes de começar a esmiuçar este tremendo filme, quero dizer que Bruges já recebeu a minha visita no passado. Já fui um turista nesta cidade medieval repleta de belos canais que como todos sabem (menos os americanos) fica na Bélgica. É sem dúvida tirada de um conto de fadas, no entanto e ao contrário do filme, esta cidade da Flandres não estimulou em mim qualquer tendência assassina, não me despertou qualquer apetência para a violência nem tão pouco vontade de correr loucamente com uma carabina na mão. Admito que a idiossincrasia de outras pessoas para tal possa ser diferente.

“In Bruges” conta-nos a história de dois assassinos profissionais, Ray (Colin Farrell) e Ken (Brendan Gleeson) que se retiram em Bruges por ordem do seu chefe Harry (Ralph Fiennes) para que possam arrefecer depois do último trabalho em Londres ter corrido mal. A reacção dos dois irlandeses perante a cidade é bem distinta, Ray abomina-a e quer voltar para Londres o mais rápido possível, enquanto Ken fica estarrecido pela sua beleza e tranquilidade. Com o passar do tempo a sua estadia vai-se tornando cada vez mais surreal devido a estranhos encontros com turistas, anões e prostitutas holandesas. O desempenho dos actores é fenomenal, com destaque para Colin Farrell que tem neste filme provavelmente o melhor desempenho da sua carreira. E ainda Ralph Fiennes que interpreta um homem de negócios londrino com constantes ataques de raiva, que apesar de chegar tardiamente ao filme tem o dom de elevar ainda mais a fasquia qualitativa do mesmo. Este é o primeiro filme escrito e dirigido por Martin McDonagh, vencedor de um Óscar com a curta-metragem “Six Shooter” em 2006 e o seu passado como dramaturgo está bem presente com um balanço quase poético entre a comédia e o drama. Muita coisa neste filme é levada ao extremo (não é para todos os estômagos), o humor com piadas sobre americanos anafados e guerras raciais de anões, e a violência ao melhor nível de David Cronenberg. Mas nada é descontextualizado, existe sempre um propósito para tudo. Não se pense que este filme é uma comédia ensanguentado de princípio a fim, existem também inesquecíveis momentos de romance e melancolia. O argumento escrito por McDonargh é magistral fazendo lembrar o que de melhor conseguem fazer Quentin Tarantino e Guy Ritchie. A banda sonora composta por Carter Burwell, conhecido por trabalhar com os Irmãos Coen, é igualmente notável. Ele consegue a tradução perfeita das ideias do filme para as teclas do piano. Resumindo este é um dos melhores filmes do ano, uma genuína obra-prima.


Harry - “An Uzi? I am not from the south center Los fucking Angels. I didn't come here to shoot 20 black 10 years old in the fucking drive-by. I want a normal gun for a normal person.”

Classificação: Orgásmico

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Renascença do Roque-Enrole

Antes de mais fazer um ponto prévio, para dizer que o post que se segue não tem a mínima intenção de criticar musicalmente qualquer dos artistas citados no mesmo. Até porque eu não percebo nada de música. E do pouco que ouvi dos Pontos Negros até me pareceram uma banda bem jeitosa.
Pronto, seguindo em frente, na edição da revista "Actual" (para quem não está a ver, falo da revista cultural que faz parte do jornal Expresso) da semana que agora termina, aí pela página 26, vem todo um artigo sobre como o Roque-Enrole português (expressão que se bem entendi é da autoria de um dos artistas sobre os quais o texto de debruça) está a viver a sua, e isto é pomposo, Renascença. Espectacular hã? O título, aliás, versa assim "Bem-vindos ao renascimento". Trocando por miúdos, quer isto dizer que, na opinião do autor do texto, existe toda uma nova geração que está a resgatar este género musical das profundezas do obscurantismo, em que viveu durante longos anos, de volta para o lugar de destaque em que foi colocado nos saudosos anos 80. Até aqui nada a opor, tudo a saudar. De facto, nos últimos anos parece existir uma onda criativa, em várias áreas culturais que não só a música, como há muito não se via aqui por Portugal.
Onde tudo isto me começa a criar uma certa confusão é a partir do segundo parágrafo, onde se afirma, e passo a citar: "A Florença do pop/rock luso situa-se algures entre Queluz e São Domingos de Benfica(...)" Hummmm..... Queluz e São Domingos de Benfica? Epá com mil macacos, eu suporto incondicionalmente a existência de uma Florença em Portugal, mas não podia ser por exemplo numa zona mais nobre tipo Chiado ou Baixa? Eu pensava que era aí que os artistas circulavam... alguém está a ver, por exemplo, um Boticelli em São Domingos de Benfica? Para além de que, em São Domingos de Benfica e em Queluz não existe aeroporto, ao contrário do que sucede em Florença, o que torna as visitas a essa zona por parte de turistas estrangeiros muitíssimo complicadas.
Em segundo lugar, e esta sim foi a verdadeira razão que me levou a escrever tão bela peça de literatura, porque é que esta gente do meio artístico tem de utilizar sempre nomes tão esquisitos? Um certo nível de esquisitice eu ainda compreendo, afinal é preciso chamar a atenção do ouvinte mais desatento, mas eu acho que estamos perigosamente a transpor certos limites de...qualquer coisa. Senão vejamos: na legenda que acompanha a figura ilustrativa do texto de João Lisboa, podemos ler o nome dos Miguel Angêlos de São Domingos de Benfica. São eles: Guel Sousa, B Fachada, Samuel Úria, João Coração, Silas Maldito, Tiago Guillul e Jorge Cruz. Mas Jorge Cruz até é um nome normal, pensam vocês. Sim, mas se vocês tivessem acesso à imagem, coisa que não vai acontecer porque não me está a apetecer fazer um digitalização da mesma, reparavam que a ordem dos nomes acompanha a ordem pela qual eles estão posicionados. Ou seja o Jorge Cruz, que acredito seja uma excelente pessoa mas tem um nome absolutamente banal, foi estrategicamente colocado (digo eu) a um belo canto. Temos pena.
Mas isto continua. Por exemplo, os nomes das duas editoras mais proeminentes da nossa Florença são então FlorCaveira (assim mesmo tudo pegado) e Amor Fúria. Isto é giro, segue um padrão. A próxima pode ser BenficaSporting ou PapelHigiénico Bidé.
Mas a coisa descamba mesmo para o humor involuntário (ou não...) quando chegamos ao nome das publicações de Tiago Guillul e João Coração. As do primeiro: Fados para o Apocalipse contra a Babilónia (2002), Mais Dez Fados Religiosos de Tiago Guillul (2003) e Tiago Guillul Quer Ser o Leproso Que Agradece (2004). Originalidade não falta a esta gente. Já o seu companheiro João Coração optou por agraciar uma das suas canções com o nome Fado do Bolo Alimentar.
E pronto por aqui me fico, consciente de que o Roque-Enrole está em boas mãos. Agora é mesmo a sério, porque no meio disto tudo a música consegue ser genuinamente boa.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Templo dos Jogos

Chegou a hora de aglutinarmos mais uma temática artística aqui no nosso Blog – Os Videojogos. Com certeza existirão pessoas que não consideram um videojogo uma forma de arte, mas eu não tenho dúvidas a esse respeito portanto vamos em frente. Vai ser uma espécie de “Templo dos Jogos” á moda do Botox Social sem a Rita Mendes. Não vou falar de jogos como o Legend of Zelda: Ocarina Of Time ou do Super Mario 64 da colorida Nitendo. Nem tão pouco do extremamente realista Grand Theft Auto IV ou do recém lançado Pro Evolution Soccer 2009. Náda disso! Vou falar do jogo online “Put the Cream” onde o protagonista é Zézé Camarinha. O jogador assume o papel de uma turista numa qualquer praia Algarvia que tenta a todo o custo fugir do nosso amigo Zézé. Por favor uma salva de palmas para quem teve esta peregrina ideia! Mas este jogo tem algo de característico que o demarca do restante mundo dos videojogos – É impossível ganhar (sempre a inovar) – a única opção que temos é retardar a nossa derrota, como fica bem explicito no texto introdutório ao jogo:

“Nenhum turista escapa ao Camarinha, mas vá tentando superar o tempo de fuga”

Toda esta magia constantemente polvilhada pela voz de Zézé, que repete no seu inglês selvagem de praia a expressão “Put the Cream”. Em suma, este jogo é do mais bardajão que se consegue encontrar no universo multimédia.

http://sorisomail.com/jogos-e-animacoes/1772.html (Cuidado com as toalhas)

Uma Bica por favor

No início deste mês abriu a primeira loja da Starbucks em Portugal (foguetes e confetis required). A história internacional desta marca não é difícil de relatar, depois de se consolidar no mercado americano, em 1996 abriu a primeira loja além-fronteiras, somando hoje mais de 16500 estabelecimentos espalhados por 46 países, parece então que chegou a nossa vez. Resumindo a presença da Starbucks é uma das maiores banalidades mundiais, por exemplo, quando se está parado no meio da rua em Nova York é impossível não ter uma loja no nosso ângulo de visão. No entanto, aquilo que é mais dignificante para o nosso país é o facto de ter sido preterido em relação a países no limiar do subdesenvolvimento como o Brasil, a Grécia, a Indonésia, a Malásia, o Peru, a Roménia ou a Tailândia. Estes países á muito têm direito á sua lojinha de café americano, que só agora aterra na província (la province – aprecio a sonoridade da palavra francesa). Mas o estado miserável em que o nosso país está mergulhado também tem as suas vantagens (ninguém diria), pois bem Portugal consta na lista da empresa norte-americana como país onde é vendido o expresso Starbucks mais barato do mundo (estão a ver como é bom ser lusitano). Aquilo que torna esta multinacional da restauração famosa é possibilidade que oferece aos seus clientes de personalizar a sua bebida com 87 mil combinações diferentes, adicionando toppings de caramelo, avelãs, natas, doses extras de café, canela, noz-moscada, baunilha e leite obviamente. Aliás em relação ao leite o direito opcional do cliente deveria ser mais profundo, devíamos poder escolher a marca do leite que queríamos no nosso café, para que isso não ficasse dependente de um sorteio realizado na cozinha. Eu escolhia sem vacilar o meu querido leite Vigor Meio Gordo e assim não teria de levar com o leite proveniente de vaquinhas indesejáveis da ganadaria Parmalat ou Agros. Porém, existe algo que me parece não constar deste ilimitado cardápio, algo muito português – A Bica com Cheirinho – ou seja, um café com um nadinha (as proporções ficam ao critério do consumidor) de Água Ardente ou Brandy. Esta situação terá de ser corrigida.

A primeira loja da famosa cadeia de Seattle abriu no centro comercial Alegro, em Alfragide (onde?). Tenho a noção que os meus conhecimentos de geografia nacional não são famosos e portanto a única relação que faço com Alfragide é a entediante IC19, o que á partida me desagrada. Não haveria local mais nobre para a primeira loja? É um facto que a próxima loja será em Belém e já se pensa no Chiado, mas haverá local mais coerente do que a Charneca da Caparica. O lugar mais formoso de Portugal deveria ter uma loja da Starbucks na sua avenida principal, entre a célebre Pastelaria “Susi e Carla” e a Pastelaria “Mej” Telecomunicações. Aliás, a pastelaria “Mej” traz novidades para a mesa, a combinação entre o café e as telecomunicações. Por exemplo, o cliente entra no estabelecimento e pede – Queria um galão, um bolo de arroz e dois Nokias N95 para embrulhar – portentoso. Os excelentíssimos leitores não fiquem com a ideia que alguns dos escritores deste Blog habitam na Charneca devido aos elogios dispensados, náda disso. Especialmente os leitores aborrecidos com as críticas que fazemos e que nos desejam ofertar alguma violência, podem procurar por nós em Vieira do Minho. Apesar de a minha preferência recair sobre bebidas alcoólicas devido á sua propriedade de lubrificante social, uma bica caí sempre bem.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O meu ideal de vida

Pois é... cá estamos novamente. Ok, ok, não vale a pena pularem de satisfação! Sim, prometo tentar vir mais amiúde. Ora, nesta minha rubrica que não se quer periódica (vá se lá saber porquê) falarei sobre o meu ideal de vida. Adivinha-se coisa séria.

Estava eu ora a coçar um, ora o outro quando, de súbito, sou interpelado pelos meus pais: "Filho, faz-te à vidinha!". Pensei eu: "F*d*ssss, já não se pode descansar!" (coisa que pouco faço na vida). Dito isto, comecei a pensar em profissões. Parece que as veja a aparecer e a desaparecer na minha cabeça que nem as bolinhas de sabão que os miúdos fazem; vejo Inspector da PJ... Político... Comentador político (qual Marcelo)... Magistrado do M.P.... enfim, tudo profissões sérias. Não estava a conseguir chegar a nenhuma conclusão. Estava a ficar deveras frustrado. Resolvi, então, ligar a televisão para me ajudar a concentrar e... txaraammmmm !! Eis a ajuda que eu precisava para me decidir. Nada melhor que o Contacto e a tia Maya. Pensei para comigo, é mesmo isto que eu quero; quero ser como a tia Maya! Todo entusiasmado, levanto-me da cadeira para ir contar aos meus pais, dou dois passos... e paro. Apercebo-me que não sei o nome da profissão. Aproveitando o meu estado erecto (entenda-se, estava de pé. Tinha acabado de me levantar) aproveito para ir à casinha onde, diga-se, as minhas melhores ideias costumam tomar forma. Esta não foi excepção! De peito feito, não sem antes lavar as mãos, dou por mim a balbuciar: "Parasita". Brilhante, pensei! (Por norma gosto de me auto-elogiar. Não raras vezes dou por mim a olhar o espelho e chamar O Bonito àquele vigoroso moço que teima em ali aparecer). Ora, perguntam-se, certamente, vocês: E porque raios, chuviscos e coriscos pensei eu em Parasita? Como todos saberão, os parasitas são uns animais, cujo termo científico é bichinhos que vem do latim bichanito, que muitos questionam sobre a sua utilidade. E não é mesmo isso que a Maya é? Atentemos à sua brilhante e meteórica ascensão: começa por lançar as cartas do Tarot (provém do termo erudito Tarolo), aparece numas ditas revistas côr-de-rosa, é relações públicas de um bar ou outro, comenta a vida do Jet7 e 1/2 Português e, por fim, acaba a apresentar um programa. Pergunto-me: "O que fez esta mulher para chegar aqui?" ... Bem, isso não interessa para nada. O que me interessa é este tipo de vida. A Maya não está, certamente, sozinha neste mundo mas representa, sem dúvida, o meu ideal de vida: Pouco fazer para longe chegar.


Mãe, Pai, quero ser como a tia Maya!!! (mas sem a pele tão esticada)

Tenho dito.

Paulo Pereira's Recliner of Rage

Para quem não está familiarizado com o título deste post, explicar que o mesmo é uma derivação de Pierre Bernard's Recliner of Rage, rubrica bastante engraçadinha do programa de humor Late Night Show, apresentado por Conan O'Brien. Aqui fica uma ilustração para se perceber melhor do que raios é que estou para aqui a falar.

Posto isto convém tentar descrever o que daqui para a frente se vai passar, até para avisar qualquer leitor mais desavindo que, se procura algo de realmente interessante para ler e não tem tempo a perder com palhaçadas...não procure mais porque acabou de encontrar! (Pensavam que a piadinha ia noutro sentido não é? Pois é este blog proporciona SURPRESAS! YUPPI). Então isto processa-se da seguinte forma: basicamente vamos aqui libertar toda a raiva que certas situações causam, partilhando-as com o vasto auditório deste relevante e proeminente blogue. Portanto eu falo e vocês escutam. E se quiserem comentam. Nós gostávamos.

Ah... só mais uma coisa. Uma das características da rubrica original que se vai manter neste seu parente pobre escrito é a verborreia. Portanto este post é para ler todo de seguida, muito rápido, e não vai ter grandes pontuações. Esse vai ser todo um exercício de "suponhamos".

Estávamos nós eu e uma amiga e mais um amigo dentro do seu carro depois de uma noite de folia na recepção académica do caloiro 2008 no Parque das Nações. Um primeiro agente da autoridade faz sinal à minha supracitada amiga de que ela não tinha os seus faróis devidamente accionados e em conformidade com as regras de trânsito por isso ela imediatamente faz o favor de os accionar. Seguimos viagem e 20 metros à frente um segundo agente da autoridade manda-nos parar numa designada operação STOP e nós parámos. Começa ele com uma conversa de que não trazíamos os faróis ligados e de que isso nos ia custar a módica quantia de 30 euros epa poça que raio de chatiçe que nos foi acontecer mas pronto não morreu ninguém e o Pedro Santana Lopes vai voltar a concorrer à Câmara Municipal de Lisboa. Ok siga viagem mas pera que agora já não são 30 euros são 120 ai ai ai que tamos lixados já havia choro e drama e vontade de ir às bocas do senhor agente. Nisto ele afasta-se durante aproximadamente 30 minutos para confirmar o que a sua burrice o fez desconfiar o valor da coima e isto nunca mais e nós ali a espera decidindo então aproximarmo-nos dele e indagar do que sucedia ao que ele responde que está a averiguar e que temos que permanecer calmos para o deixarmos levar a cabo a sua função da maneira mais eficiente e profícua possível porque eles falam assim enquanto permanece imóvel a olhar para um monitor de computador. Pensámos epa isto deve ser Mac e ele não pesca nada disto. Esperamos esperamos e afinal sempre foram os tais 30 euros sim senhor pagámos e fomos à nossa vidinha mas só cheguei a casa às 6 da manhã cheio de sono e com vontade de ir a casa de banho.

Resumindo tou danado com a autoridade.

A rubrica termina aqui mas o post prossegue com mais críticas à atitude e comportamento das autoridades. Chegou ao fim o "Caso Maddie" e ninguém foi preso. Porque é assim que eu meço o sucesso de determinada investigação policial: quantos é que vão bater com os costados à choça. Para mim isto é ainda mais chocante quando toda a gente sabe quem foi o culpado, com base no retrato robô divulgado pelos "McCannes" (McDonald's põe os olhos nisto). Parece incrível que, mais uma vez, tenha que se chamar a atenção para isto:

  raptor maddie235 

Ou foi ele ou o meu vizinho do lado. Ou um sem abrigo lisboeta. Ou alguém muito feio. 

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Porrada da Grossa

Recentemente li num Jornal um artigo de enorme pertinência. Um estudo sobre os actores que, só á sua conta, mais pessoas mataram nas telas de cinema. Estas personagens pouco racionais, nada ficam a dever aos maiores serial killers da história da humanidade. A lista dos mais bárbaros assassinos da 7ª Arte é a seguinte:

1º Dolph Lundgren – 662 Vítimas
2º Arnold Schwarzenegger – 538 Vítimas
3º Harrison Ford – 508 Vítimas
4º Chuck Norris – 455 Vítimas
5º Sylvester Stallone – 449 Vítimas
6º Steven Seagal – 420 Vítimas
7º Clint Eastwood – 396 Vítimas
8º Charles Bronson – 377 Vítimas
9º Jean-Claude Van Damme - 328 Vítimas

Fiquei evidentemente extremamente desiludido com a classificação do Chuck Norris e do Steven Seagal, dois expoentes máximos naquilo que diz respeito á violência gratuita. Mas no fundo acaba por ser compreensível, ao contrário do Dolph Lundgren e do Schwarzenegger que usam canhões de dois metros de comprimento, eles usam maioritariamente o corpo e as artes marciais nas suas épicas batalhas. O que eventualmente pode aleijar, mas que dificilmente tira a vida a alguém.

Para finalizar, um chart apresentado no L.A. Times por John Mueller sobre um dos mais memoráveis nomes da pancadaria, Rambo de Sylvester Stallone, é só clicar:


domingo, 12 de outubro de 2008

Aperitivos parte II

Ainda em relação à diversificação na oferta de produtos por parte dos clubes de futebol, existe toda uma panóplia destes que o comum dos mortais desconhece. Achei, pois, por bem partilhar uma descoberta que fiz aqui há uns anos num supermercado banal, e que me deixou estarrecido com a visão que as empresas que gerem as marcas Benfica, Sporting e Porto apresentam na invenção de novos produtos. Podemos ainda não viver no mundo perfeito que tenha salsichas FC Porto, papel higiénico SL Benfica, ou mochilas com a cara de Paulo Bento. Mas caminhamos a passos largos para essa utopia e podemos já encontrar disponíveis:

Num qualquer super ou hipermercado (esta distinção entre superes e hiperes também sempre me fez comichão mas isso é toda uma outra conversa) perto de si.


Aperitivos

O Mundo está viver uma crise financeira que começou nos Estados Unidos e se espalhou por outros mercados. Esta tempestade afecta tanto as grandes empresas como o cidadão comum, o que é um grande aborrecimento. Desde já tenho um conselho, é melhor começar a acolchoar e a colocar algumas almofadas nas áreas circundantes aos arranha-céus para que ninguém se aleije, quando a malta começar a saltar. Mas, apesar de não haver razão para alarmismos em Portugal, graças ao Ministro da Economia Manuel Pinho (sou Fã) que anunciou o final da crise há alguns meses (um bocadinho infantil), há já quem lute contra este Crash. Como é o caso dos três grandes clubes de futebol em Portugal, é que já não bastava terem passivos colossais e dividas á banca, agora deparam-se com a desvalorização a pique das suas acções na Bolsa de Valores. Decidiram então, abrir o seu mercado a novos produtos que permitam a entrada de mais dinheiro em caixa. Nada mais, nada menos que carteiras de aperitivos… desde os cajus com sal, aos pistáchios até aos amendoins com piri-piri. GENIAL! É importantíssimo associar as marcas dos clubes a estes requintados produtos de consumo. Como é lógico apressei-me a comprar uns amendoins do Sporting, mas fiquei desapontado, apesar de o sabor ser aceitável, a textura não era famosa. Neste momento resta-nos esperar por novos lançamentos de produtos com o carimbo dos três grandes. Eu sonho com um mundo onde existam salsichas do Futebol Clube do Porto, papel higiénico do Benfica e mochilas escolares com a cara do Paulo Bento estampada.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Burn After Reading


Como ficou combinado, vamos então engordar o espaço cinéfilo aqui no nosso delirante Blog. Mas, antes de me debruçar sobre o filme que teve o privilégio de ser seleccionado para esta semana, queria fazer três breves referências. A primeira é de congratulação perante o regresso às bancas nacionais da edição lusa da revista Premiere, depois de um ano de ausência. A segunda referência incide no facto da minha paciência ter chegado ao limite diante da incessante interrupção de filmes nas salas de cinema portuguesas por parte de intervalos despropositados. Eu pensava que este flagelo tinha os dias contados, mas parece que voltou em força e agora com tempo pré-definido – 7 minutos para esfriar a tesão que o filme nos está a proporcionar. Por fim, quero destacar a minha extraordinária capacidade de Spoiler (não tenho qualquer tipo de pequena porta imaginária), ou seja, sou capaz de prejudicar ou arruinar completamente o visionamento de um filme (ou série televisiva) através de um prévio e pormenorizado relato do que se irá acontecer. Neste momento já devem ter percebido que a leitura deste Post deve ficar por aqui.

Após terem saído da última edição dos Oscars com o porta-bagagem cheio (três Oscars para cada um) com o thriller sombrio “No Country for Old Men”, que porventura os granjeou com respeito merecido no seio da indústria cinematográfica, os irmãos Joel e Ethan Coen regressam com a comédia negra “Burn After Reading”. A trama situa-se na cidade de Washington e arredores e conta a história de Osborne Cox (John Malkovich), um analista da CIA que se vê subitamente despedido e decide ficar em casa para se dedicar á escrita das suas memórias e á bebida, não necessariamente nesta ordem. A sua esposa Katie (Tilda Swinton) não demonstra grande consternação, pois tem o propósito de o deixar para poder viver com o amante Harry Pfarrer (George Clooney). Pfarrer é um marshall federal casado, demente sexualmente e constantemente aflito que não dispensa a arma a que tem direito. Quando, durante o processo de divórcio, um CD contendo as memórias de Cox incluindo alguns segredos da CIA cai nas mãos de Linda Litzke (Frances McDormand) e Chad Feldheimer (Brad Pitt), dois empregados de ginásio, o descalabro tem o seu inicio. Linda é uma serial dater, constantemente á procura do homem ideal e obcecada pela necessita de ser submetida a cirurgias plásticas (sobretudo ao rabo), Chad é um personal trainer e a sua excelente forma física é inversamente proporcional ao enorme vazio que existe dentro da sua cabeça. Ambos vão chantagear Cox para poderem extorquir algum dinheiro, originando irreflectidamente uma espiral de erros habitual nos filmes dos Coen. Para além da chantagem andar no ar, haverá inevitavelmente sangue nas paredes, murros, machadadas, tiros, dildos, queimados e mortos.

Quanto aos actores é fatal destacar Brad Pitt, a sua personagem é a melhor criação cómica deste filme, já para não falar do fantástico penteado que exibe, só superado pelo assassino em série Anton Chigurh (Javier Bardem) em “No Country for Old Men”. De evidenciar é também o trabalho de John Malkovich, constantemente agitado e irratdo, facilmente recorre a violência e á injuria para resolver os seus problemas. Uma nota final para J.K. Simmons, um alto dirigente da CIA que a única coisa que deseja é não ser aborrecido, ele fez com que eu soltasse as gargalhadas mais fortes sobretudo na cena final. Mas, sem dúvida, o melhor deste filme é os diálogos escritos de forma exemplar por parte dos irmãos Coen. Durante o filme, eles criticam uma América que está coberta por uma nuvem de ignorância, vaidade e cobiça, encerrando assim a “trilogia da idiotice”. Quem apreciar filmes como “Fargo” e “The Big Lebowski” sabe o que esperar e não sairá do cinema arrependido.

Osborne Cox – “Tu representas a idiotice contra a qual eu lutei toda a minha vida”

Classificação: Capaz de levantar a pila a mortos!

Rentrée Televisiva

Setembro é um mês pouco simpático. Final do Verão, regresso às aulas ou respectiva actividade profissional, enfim, a volta da rotina que nos ocupará a existência durante os próximos 10 meses. Não será simples acaso que seja precisamente no mês de Setembro que se registam as maiores taxas de suicídio. (Por acaso não faço ideia se será, mas logicamente faria sentido que assim fosse. Eu, pelo menos, suponho que sim. Também se fizer muita questão em saber vá pesquisar!).

Mas, e apesar de todo este negrume que se abate sobre nós, existem, pelo menos, duas luzes ao fundo do túnel. Primeira: a volta da bola! Tirando os anos de mundial ou europeu, aquilo de que sinto mais falta durante a época veraneia é claramente a emoção da bola. Segundo: a rentrée televisiva. Obviamente não a portuguesa que, não bastando o panorama já bastante negro, ainda nos trouxe este ano pérolas como Momento da Verdade, Jogo Duplo, Lucy, Rebelde Way etc., etc., etc.

No entanto, e para quem é fã do formato televisivo, voltam também as novas temporadas de uma variedade impressionante de séries norte-americanas para todos os gostos. Umas melhores, outras piores, outras muito mazinhas, e outras ainda que não ficariam mal na grelha da TVI, mais longas, mais curtas, mais sérias, menos sérias, enfim é todo um buffet.
Deixo aqui algumas sugestões, dum género televisivo em clara expansão, quer em qualidade, quer em número, e ao qual Hollywood tem recorrido cada vez mais em busca de influências e talentos.

1430~Entourage-Posters fringe_12Sem título          mad_men

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Hi5

Estou certo que todos repararam na breve pausa que fiz na escrita deste blog (gostava de acreditar nisto). Ora, serviu este momento para reflectir sobre uma temática que muito me enternece: o Hi5. Para quem não conhece o Hi5, peço desde já que se ligue ao mundo. Por outro lado, para quem conhece, sugiro que comece a fazer algo de útil para a Sociedade.

Como é sabido, um dos objectivos do Hi5 é criar uma rede social de amigos. No fundo, quanto mais amigalhaços, melhor. Conheço até quem tenha 2000 amigos... boa gente esta! Uns paz de alma que meio mundo adora. Aqui, são também partilhados os gostos pessoais; desde a política, passando pela comida, até ao sexo (este último, digamos... pouco roçado, na minha opinião).

Pois bem, de modo a poder analisar melhor esta gente amiga do seu amigo e cujo espírito de partilha é total, pedi emprestado à Teresa Guilherme o seu detector de mentiras.

Pedro, 18 anos

- Sou carinhoso, respeitador. Um anjo que apenas procura novos amigos para falar.



Detector: A resposta é........ mentira! ( ........ -> equivalente aos 5 minutos que no programa se demora a dizer a última palavra)



Rita, 21 anos

- Sou estudante de Medicina. Boa aluna e muito reservada.


Detector: A resposta é........ mentira!


Patrícia, 18 anos

- Sou muito apaixonada pelo meu amor! Amo-te muito bebé! Estou sempre a pensar em ti.



Detector: A resposta é........ mentira!


Raquel, 21 anos.

- Estudo à noite e estou a acabar o curso de Eng. Bioquímica.



Detector: A resposta é........ mentira!


Ana, 20 anos.

- Ai, estava tão distraída quando me tiraram a foto que nem reparei no soutien. Sou tão distraída!



Detector: A resposta é........ mentira!


Sara, 19 anos

- Sou humilde. Acho-me feia mas obrigaram-me a criar um Hi5.



Detector: A resposta é........ mentira!


Nuno, 18 anos

- Sou feio como a m*rda!



Detector: A resposta é........ verdade!!



Todas as fotos foram retiradas dos perfis públicos do Hi5.